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Inovação & Tecnologia : Impulsos magnéticos podem tratar depressão

Publicado: quarta-feira, 28 de Nov de 2007 - 08:00

Estimular o cérebro com pequenos impulsos magnéticos é um modo seguro e eficiente de tratar a depressão profunda, garante um estudo divulgado nos Estados Unidos. Para os investigadores, os resultados superaram, inclusive, os tratamentos com antidepressivos.

De acordo com a notícia ventilada pela France Presse, o método “consiste em enviar rápidas descargas de energia magnética ao cérebro, por meio de um dispositivo fixado no couro cabeludo.”

Segundo explicou Philip Janicak, professor de Psiquiatria do Rush Universitary Medical Center, em Chicago, nos Estados Unidos, “os impulsos fazem com que os neurónios de uma pequena área do cérebro se ‘acendam', isto é, estes neurónios enviam sinais a zonas mais profundas do cérebro que controlam o apetite e estão relacionadas com a depressão”, clarificou.

Revelando que os índices de melhora entre os pacientes que receberam o tratamento “foi o dobro em relação aos que experimentaram apenas uma simulação do método”, o investigador sublinhou que esta técnica “é uma alternativa para 20% a 40% das vítimas de depressão profunda, que não respondem a antidepressivos e ou à psicoterapia e, ainda, para os que querem evitar o uso de químicos.”

Ao considerar a descoberta “particularmente significativa”, Philip Janicak destacou que “os resultados superaram, inclusive, os tratamentos com antidepressivos”, argumentando que “a maior parte dos doentes submetida ao tratamento não reagia aos antidepressivos.”

John Krystal, editor da revista «Biological Psychiatry» - que publicará a pesquisa no dia 1 de Dezembro – considerou, também, que o estudo “lança uma nova luz sobre a eficiência da estimulação magnética transcraniana como tratamento para a depressão.”

"O resultado é particularmente importante para os pacientes que não toleram antidepressivos e para os que não reagem a tratamentos alternativos", sustentou.

A pesquisa envolveu 325 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Austrália que sofriam de depressão profunda. Os efeitos colaterais relatados foram dores de cabeça e feridas no couro cabeludo.

Raquel Pacheco

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